domingo, novembro 11, 2007

A mãe do traidor.

Vi um comentário sobre a mãe de Álvaro Cunhal num vìdeo nacionalista no You Tube... passando por uma breve pesquisa no Google se acha em campo inimigo e outras fontes algumas informações acerca do bandido e de sua mãe, que sendo verdadeiras provam que Álvaro Cunhal não era, de fato um filho da puta.Aplicando-se o termo apenas num sentido não literal:

"O menino cresceu fracalhote, acanhado, tímido. Dava ares à mãe. Aos sete anos começa a aprender as primeiras letras. Não havia escola no Vimieiro. Recebeu em casa lições particulares de um instruído funcionário da Câmara de Santa Comba Dão. Aprendeu a ler, a escrever e a contar.
O rapaz era esperto para as letras. Seria uma pena se não continuasse os estudos. Mas a mãe não o quer no liceu de Viseu. Receia expô-lo às tropelias dos rapazes.


Só havia uma solução: o seminário, onde o menino acostumado a brincar com as irmãs, estaria a salvo de chacotas.


O advogado Avelino Cunhal deve ter conhecido Salazar em Coimbra. O jovem do Vimieiro, sempre bem apessoado, apenas traído pelos lábios finos e voz de falsete, terminou o curso, em 1914, com 19 valores. Os sectores católicos mais reaccionários exultavam com o prestígio do lente – que passou a ganhar dinheiro como jurisconsulto enquanto preparava o doutoramento.
Álvaro Cunhal, cada vez mais próximo da figura paterna, afasta-se do caminho da Igreja. Estuda, em Lisboa, nos liceus Pedro Nunes e Camões. É bom aluno. Frequenta o escritório do pai – onde param anarquistas, anarco-sindicalistas, comunistas e gente do reviralho. Aos 17 anos, em 1930, entra para a Faculdade de Direito de Lisboa, ainda no Campo de Santana. Salazar, o doutrinador católico, ocupa a pasta das Finanças.
Cunhal entra para a Liga dos Amigos da URSS e do Socorro Vermelho Internacional. Salazar toma posse, finalmente, como presidente do Conselho, em 11 de Abril de 1933.
No ano seguinte, Álvaro Cunhal entra na clandestinidade – para orgulho do pai e grande desgosto da mãe, que nunca lhe perdoará os caminhos ímpios do comunismo. Já o Governo tinha criado a polícia política, chefiada pelo capitão Agostinho Lourenço, e dentro em breve iria mandar construir o campo de concentração do Tarrafal.
Cunhal é preso pela primeira vez. Atiram-no para o Aljube. Amãe nunca o visitará na cadeia. Obrigam-no a cumprir serviço militar como um rufia na Companhia Disciplinar de Penamacor. Não verga. Faz greve de fome. Fica tão debilitado que é posto em liberdade.
Extraído do Fórum AH.