A política externa brasileira tem um objetivo, quase uma obsessão: colocar o país num assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. Há um mês, em parceria com a Alemanha, a Índia e o Japão – com os quais forma o grupo do G-4 –, o Brasil apresentou à organização a proposta de criar mais seis vagas permanentes. Os autores do plano querem dividir entre eles as novas cadeiras e deixar as duas restantes para nações africanas, ainda por escolher. Na semana passada, sem conseguir simpatizantes, o grupo ofereceu uma barganha: para sentar entre os graúdos, abre mão do direito a veto durante os quinze primeiros anos. Os países que não aceitam o projeto do G-4 até já formaram um grupo próprio, o Unidos pelo Consenso. Inclui México, Argentina, Espanha, Coréia do Sul, Itália e Paquistão e apresentou seu projeto de reforma do Conselho de Segurança. Mais do que birra, ocorre que o Brasil e seus amigos não oferecem argumentos capazes de convencer os outros países de que devem ser conduzidos a uma posição de liderança. A justificativa apresentada é que, devido às dimensões de suas economias, territórios e população, os quatro países são representantes naturais de suas regiões. Os bloco Unidos pelo Consenso considera os critérios demasiadamente subjetivos. O Japão tem poder econômico na Ásia, mas não territorial. O Brasil é o maior e mais populoso país da América Latina, mas o produto interno bruto do México é maior. Não é de surpreender que a proposta defendida pelo G-4 tenha acirrado antigas rivalidades e levado países com disputas regionais a se unir para combater o plano dentro da ONU.Nessa corrida, o Brasil causou má impressão ao se mostrar disposto a pagar qualquer preço por um voto. Numa seqüência apressada, reconheceu a China como economia de mercado, o que aumenta a concorrência chinesa com os produtos latino-americanos, e se mostrou ambíguo sobre o conceito de democracia numa reunião com países árabes. Para mostrar serviço, o país encarou o desafio de comandar a missão militar da ONU no Haiti, que ameaça converter-se em fracasso. Mais constrangedora foi a decisão brasileira de se abster na votação da ONU que exigiu a retirada síria do Líbano em troca do voto de Damasco. Os sírios acabaram saindo de qualquer jeito, e o Brasil isolou-se entre as democracias. Essas atitudes plantaram em vários governos dúvidas sobre a sabedoria de entregar ao Brasil uma cadeira permanente no Conselho de Segurança.
O PT só faz besteira, para quê o Brasil quer uma vga no Conselho Permanente?É a megalomania petista interferindo na política externa e na imagem do Brasil lá fora, acirrando conflitos e disputas antigas e ainda mais , com estes ridículos argumentos validando a frase de De Gaulle "Este não é um país sério" .O Governo é um Policarpo Quaresma , felizmente próximo de seu triste fim.
ALENTEJO ALENTEJO!!
Há 3 anos
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