terça-feira, julho 04, 2006

O fim do Vaticano II.

"Em 1975, o então padre Joseph Ratzinger – hoje Sua Santidade, o Papa Bento XVI – observava que o Concílio Vaticano II, embora realizado havia apenas uma década, já se encontrava moribundo:
“O Vaticano II encontra-se hoje em uma luz crepuscular. Pela chamada ‘ala progressista’, há muito tempo ele é considerado superado e, por conseguinte, um fato do passado, sem importância para o presente. Pela parte oposta, a ala ‘conservadora’, ele é julgado responsável pela atual decadência da Igreja, e até se lhe atribui a apostasia com relação ao Concílio de Trento e ao Vaticano I: de tal forma que alguns chegaram a pedir a sua anulação ou uma revisão que equivaleria a uma retirada.” (Pe. RATZINGER, Intervenção por ocasião do décimo aniversário do encerramento do Concílio Vaticano II, citada pelo jornalista Vittorio MESSORI em seu livro-entrevista com o Cardeal Ratzinger, A Fé em crise?, pp. 15-16, sublinhado nosso. Indicações bibliográficas precisas no final de nosso artigo).(...)Ora, ninguém duvida que rejeitar Trento ou o Vaticano I seja pôr-se fora da Igreja, como herege. Logo, fica confirmado, ainda outra vez, que o Vaticano II não obriga da forma que obrigam aqueles concílios. Não tem a mesma autoridade. E, visto que negá-lo não acarreta nem heresia nem cisma, tal negação tampouco implica na negação da autoridade do Papa. Assim, é perfeitamente possível a um Católico decidir-se contra o Vaticano II. Roma locuta, causa finita.(...)
Enfim, foi o próprio Bento XVI quem, antes de eleito Papa, admitiu o caráter não-dogmático do último concílio, ao constatar que, no Vaticano II, “não há dogmas, nem mesmo na proposição sobre a sacramentalidade do episcopado. Resta, portanto, dar uma explicação positiva, isto é, que grau de certeza apresentam os textos promulgados? Esta questão não ficou de todo clara, nem mesmo com as palavras da comissão teológica.” (Pe. RATZINGER, O Novo Povo de Deus, p. 190, sublinhados nossos).(...)"
Da Organização Montfort, a esperança que se restaure a Igreja e seus fiéis se renova com o Papa, apesar deste nada ter feito ainda no sentido da anulação do triste concílio.
O texto é bastante amplo, porém recomenda-se a leitura na sua totalidade.
http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=papa&artigo=concessoes_bentoxvi&lang=bra

3 comentários:

André disse...

Também espero o fim desse concílio, com o "andar da carruagem", na lógica, como este argumento que você apresentou do atual Papa.

acja disse...

Espero q sim!
Não há mais espaço para o ecumenismo barato q trai e atrofia a Igreja.

Marcos Pinho de Escobar disse...

Muito bom meu caro Acja. Bem lembrado!
Abr.