quinta-feira, outubro 05, 2006

A outra face da moeda.

A escravidão teve lugar na maioria das sociedades humanas, em várias formas, mais veladas ou não de submissão e aproveitamento do mais fraco e do inimigo derrotado, no entanto quem colhe "os frutos" de ter sido vitimado por este fenômeno são apenas os negros, tratados como vítimas até hoje, séculos depois de libertos e ainda recebendo generosa quantia moral e até quotizante no caso brasileiro pelo que passaram seus antepassados.
Não reza a História das outras vítimas da escravidão, pouco fala da forma que eram conseguidos os escravos negros pelas potências européias, não citam ou citam de maneira omissa o fato dos negros se escravizarem e comercializarem a si mesmos.
Cito interessante texto acerca do tema, ainda desconhecido da escravidão do europeu pelo africano:
"Mais de 1 milhão de europeus foram escravizados por traficantes norte-africanos de escravos entre 1530 e 1780, uma época marcada por abundante pirataria costeira no Mediterrâneo e no Atlântico. A informação é do historiador americano Robert Davis, (...) ''Uma das coisas que o público e muitos especialistas tendem a dar como certa é que a escravidão [na Idade Moderna] sempre foi de natureza racial --ou seja, que apenas os negros foram escravos. Mas não é verdade'', disse Davis, professor de história social italiana na Universidade Ohio State"Ser escravizado era uma possibilidade muito real para qualquer pessoa que viajasse pelo Mediterrâneo ou que habitasse o litoral de países como Itália, França, Espanha ou Portugal, ou até mesmo países mais ao norte, como Reino Unido e Islândia."Davis escreveu um livro sobre o tema, recém-lançado, chamado "Christian Slaves, Muslim Masters: White Slavery in the Mediterranean, the Barbary Coast, and Italy, 1500-1800" (escravos cristãos, senhores muçulmanos: a escravidão branca no Mediterrâneo, na costa Berbere e na Itália). Nele, o historiador calcula que entre 1 milhão e 1,25 milhão de europeus tenham sido capturados no período citado por piratas conhecidos como corsários e obrigados a trabalhar na África do Norte.Os ataques dos piratas eram tão agressivos que cidades costeiras mediterrâneas inteiras foram abandonadas por seus moradores assustados."Boa parte do que se escreveu sobre o escravagismo dá a entender que não houve muitos escravos [europeus] e minimiza o impacto da escravidão sobre a Europa", disse Davis em comunicado."A maioria dos relatos analisa apenas a escravidão em um só lugar, ou ao longo de um período de tempo curto. Mas, quando se olha para ela desde uma perspectiva mais ampla e ao longo de mais tempo, tornam-se claros o âmbito maciço dessa escravidão e a força de seu impacto."(...)".
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