sexta-feira, julho 07, 2006

Outros tempos...

Ontem encontrei, por puro acaso, um exemplar do já extinto jornal "A Hora" de 1968.Nele se encontra uma lacuna a dizer:
" Salazar ainda está em coma e não há previsão de melhora para o estadista".
Aqueles tempos em que os grandes homens eram chamados de estadistas e não de ditadores...

9 comentários:

acja disse...

E?

acja disse...

Tudo bem, mas a sociedade se modificou, a imprensa se modificou.
No mesmo jornal havia uma reportagem com Mao Tsé Tsung e uma cobertura ampla das eleições americanas.
Bem facista isso, não?

acja disse...

Obrigado pelo "até para si".
A vc acho q falta entendimento do q lhe falam, tive a intenção de dizer que a abordagem a temas era livre, assim como o tratamento dado a eles.
E se acha que hoje se pode dizer o que quiser, é mais idiota do que demonstra.

acja disse...

A censura adquiriu após o seu fim tons gigantescos, muito maiores do que a realidade, depende da censura, claro, neste caso não tratamos de nenhuma "nomenklatura".
Dependendo da sua visão política vc pode dizer e fazer o q quise, isso se pode, mas, nos jornais e revistas de hoje quantos artigos de opinião fogem à regra do politicamente correto?
Poucos, talvez a nulidade.
A liberdade de expressão serve apenas para alguns grupos se beneficiarem.

acja disse...

Quando se passava precisamente o contrário?
Creio que o senhor está sendo extremista demais, como quase sempre... ao menos concordamos com o controle da mídia, a qual o senhor não desgosta muito...
Quanto aos rebeldes, creio que haja desencontros entre as fontes, se tomar as informações oficiais são umas, já dos turras e simpatizantes outras, quando digo oficiais digo-as antes do golpe militar soviético.

acja disse...

Volto a repetir, a censura pareçe maior do q era de fato.
Dessa vez realmente o senhor me faz rir.
Pra quem gosta de fazer dos outros parvos está bem desinformado.
A CIA patrocinou guerrilhas anti-portuguesas e há documentos hoje revelados em que ela diz claramente que o povo não estava contra os Portugueses, pois estes não realizaram tipo algum de apharteid.
O senhor apesar de toda "lata" é bastante desinformado.


"quando do início da guerra no Noroeste de Angola, em que o impulso subversivo, foi sobretudo norte-americano. E, mesmo neste período, o Presidente Kennedy e os seus colaboradores pensavam em termos de imperialismo comunista, pois admitiam, embora numa ingenuidade imensa, que para evitar o controle da África Austral pela URSS e China Continental, era necessário autodeterminar os respectivos povos. Desaparecido Kennedy, todo este devaneio africano terminou e os EUA deixaram de apoiar qualquer subversão nos territórios africanos portugueses. Isto foi ao ponto de, logo que conhecida a minha, então próxima futura, nomeação para Comandante-Chefe de Moçambique, o Governo dos EUA me convidar, e a minha Mulher, para uma visita ao seu País. Visita que se prolongou por mais de um mês e durante a qual todos os não poucos norte-americanos com quem contactei, desde as mais Altas Autoridades Políticas e Militares, até numerosas famílias privadas, me impulsionaram para uma vitória no meu futuro Comando."
Kaúlsa de Arriaga, em sua homepage.


Há também a falácia de uma posição favorável da FRELIMO em Moçambique, as populaçôes lhes eram hostis, as operaçôes Portugueses eram êxitos e a operação Nó Górdio lhe desarticulou quase que totalmente.

acja disse...

Quanto a Operaçâo Nó Górdio o senhor se enganamuito, na altura o norte de Moçambique havia sido dominado pelas forças terroristas, e a operaçâo Nò Gódio veio a libertar totalmente o território e a desarticular as forças terroristas.
No caso da Guiné a população sempre esteve contra Portugal oq influiu na guerra.
Quanto a censura penso que ela se restringia apenas ao que pudesse atingir as políticas do estado, e o bom andamento destes.
Não se poderia em estado de guerra de guerrilha e confronto com potências fomentar o medo e fazer pulsar os ideais da instabilidade.
Qunatas baixas de fato havia nas tropas Portuguesas ao ano?
Era um confrono de guerrilha e Portugal o venceu.

acja disse...

Sim o venceu, em Moçambique não falei que se venceu com o pé nas costas, mas na maior operação militar da História Portuguesa, apòs esse episódio Kaúlsa foi reconhecido como o maior especialista na guerra anti-subversiva.
A guerra só acabou agora há pouco tempo, a perman~encia dos Portugueses na região com certeza acabaria com os confrontos, crê o senhor que os turras eram apenas das terras Portuguesas?
Os turras não se misturavam a população comum e eram hostilizados por elas.
Quanto a ideia de uns ter de ser aceita por todos é uma face do poder, hoje ainda è assim.
E naquela época estavamos em guerra com grupos terroristas equipados por potências estrangeiras e com táticas subversivas.

acja disse...

A guerra de guerrilha não se vence em instantes, ainda mais guerrilhas fincaniadas por potências.
O senhor cita os EUA, a França e a Índia, mas se esqueçe que se fala de Portugal, um paìs pequeno e exprimido entre o mar e a Espanha, lutando pelo seu legítimo direito de resistir em terras que eram suas há muito mais tempo do q a maioria das naçôes européias existiam, Portugal era pressionado por todos os lados e resistiu, e muito bem até os embargos da ONU.
Quanto aos militares o medo e a covardia foram cruciais para o MFA, exploraram o medo e manipularam situações, o MFA foi formado não apenas politicamente, mas profissionalmente, por descontentamentos profissionais, pessoas insubordinadas, traidoras e covardes.
Quanto ao recrutamento de turras é òbvio que erram recrutados entre os nativos, parece estranho dizer isso mesmo a si, mas de fato a maioria da população era contrária a guerrilha e vivia em harmonia com os Portugueses.
E em relação ao controle de informações crê o senhor que todas as informações sâo livres hoje, ou eram nas guerras citadas por si?
Crêm que o Estado, mesmo que imperceptivelmente não atue sobre as fontes?
No Portugal do Ultramar certa vez a URSS enviou dois observadores para Angola, estes segundo testemunho do Engenheior Jorge Jardim andaram sem acompanhamento algum pelo paìs, puderam falar a todos e fazer o q bem entendessem.
Creio que o senhor é alguém bastante frustrado politicamente.